Lions Club de Taquaritinga realiza Hackathon De olho na visão

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Todos os dias milhares de pessoas são diagnosticadas com doenças oculares, mais grave ainda, uma grande fatia dessa população evolui para perda total da visão. Com base na observação da rotina do Hospital de Olhos Lion “Manoel Dante Buscardi”, o clube de serviços Lions Clube de Taquaritinga promoveu nos dias 25, 26 e 27 de novembro o Hackathon De olho na visão, uma maratona de cerca de 50 horas para proposição e desenvolvimento de soluções que pudessem ajudar no diagnóstico precoce de doenças oculares.

Tendo como participantes estudantes de ensino médio, universitários e pessoas da comunidade o evento contou em sua abertura com uma palestra do renomado médico oftalmologista Dr. Tomas Fernando Scalamandre Mendonça trazendo insights sobre os principais problemas enfrentados na manutenção do Hospital de Olhos e uma aula sobre doenças oculares, equipamentos usados no diagnóstico dessas doenças e o impacto da tecnologia na prevenção da cegueira.

Reunidos em equipes os participantes do Hackathon foram orientados durante o desenvolvimento dos projetos com outras palestras voltadas para otimização do processo de trabalho nas ideias. Uma das organizadoras do evento, a professora universitária Dra. Daniela Gibertoni conversou com os presentes sobre como coletar informações para validar a viabilidade das ideias. Na sequência os participantes puderam interagir com profissionais da saúde que estavam presentes do evento para tirar dúvidas sobre teste de acuidade visual, teste de glicemia e aferição de pressão arterial, que são um dos causadores de cegueira evitável.

Os participantes puderam ainda fazer uma visita ao Hospital de Olhos de Taquaritinga para entrevistar pacientes, conhecer as instalações e funcionamento e tirar dúvidas como dois dos médicos que estavam de plantão no local. O Dr. Celso Menezes Filho trouxe um panorama das principais doenças oculares que afetam crianças e como o diagnóstico precoce feito desde o nascimento pode identificar enfermidades logo na infância.

A Dra. Bruna Grici Cascaldi demonstrou aos participantes do Hackathon como é feito um exame de retinoplastia, que é feito através de uma fotografia de fundo de olho, atividade que inspirou um dos grupos participantes a trabalhar em um protótipo para baratear e facilitar o diagnóstico de doenças na retina.

Com as informações em mãos os participantes colocaram a mão na massa e trabalharam na construção de protótipos de aplicativo, protótipo 3D de um equipamento, fases de uma game educativo e até mesmo aplicação de inteligência artificial para acelerar o pré diagnóstico de algumas doenças.

O processo contou ainda com a mentoria profissionais da área de tecnologia e negócios que assessoraram os participantes no teste das ideias, acesso a fornecedores e informações, bem como os caminhos para tornar as soluções viáveis. Durante uma das mentorias uma das equipes pode se reunir com um empresário americano para tirar dúvidas sobre lentes e encontrar modelos que pudessem promover economia na criação de um equipamento de diagnóstico.

No final da tarde do domingo (27) os participantes apresentaram os projetos para uma banca de jurados, de forma imparcial, puderam analisar as ideias e premiar os projetos que se destacaram. Dentre a premiação, foi concedido às equipes visitas a incubadoras e hubs de inovação, mentoria pelo Sebrae e uma bolsa de estudos de cursos de tecnologia, inglês e preparação para carreira internacional.

O time campeão do Hackathon, a equipe Olhar de criança trabalhou na criação de um jogo onde nas escolas os professores podem identificar problemas de visão e encaminhar os alunos para atendimento algo que, de acordo com o Presidente do Conselho Deliberativo do Hospital de Olhos, João Furtado, pode levar mais crianças a identificarem precocemente doenças comuns como miopia ainda na primeira infância, bem como ameniza o trauma infantil de ter que visitar um hospital.

Após o evento os participantes serão acompanhados pela organização e pelo Sebrae para que os projetos sejam levados a diante e possam efetivamente serem testados e utilizados pela comunidade. Robson Galloppi, um dos organizadores do evento, enfatizou no encerramento que além da jornada de networking, aprendizado e superação que o Hackathon De olho na visão proporcionou aos participantes, a oxigenação de iniciativas no mesmo sentido depende desse empenho em dar continuidade aos projetos criados nessas 50 horas.

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